sexta-feira, outubro 27, 2006

Não tenho palavras

Não tenho palavras,
Não tenho voz e não tenho inspiração,

Há momentos na nossa vida
Em que reprimimos a fome e desejo de Futuro,

E hoje não tenho fome
Este Presente que tenho devorado
Tem-me saciado, tem sido suficiente,

Como desejei tanto ver Futuro!
No momento estou confuso, não sei o que quero ver,
Não sei se quero ou preciso de ver Futuro,

Julgo que estou bem no agora
E fazer previsões só me iria dificultar,
Sinto-me bem, mas não tenho a certeza.

"Liberto mil textos com o som de um só, mil vocábulos mas nenhuma palavra, mil sons e nenhuma voz. Trago um texto cravado no peito, todos os dias, mas não é suficiente para conseguir, por vezes, falá-lo."