Lavrador de memórias
Sou como todos vós, de memórias,
Não vivo delas, mas eu sou-as,
Não as vivo mas recordo-as,
Partes, prazos, histórias...
Sabem, eu julgo produzi-las,
Penso haver um campo aqui
Junto à mente que adquiri,
Onde mais que senti-las
Eu as consigo cultivar.
Carrego as suas sementes
Como emoções carentes.
Eu sei que as consigo recriar
Como lavrador as planto,
Como produtor as garanto.
"De que te serve guardar belas sensações, se no frio da noite, aquecido por mantas e cobertores, na solidão gélida de um momento que não passa, não és capaz de as voltar a sentir? De que te serve ser consumidor de memórias, se um dia não as soubeste lavrar? Lavra as memórias que mais tarde te quererás lembrar."
3 Comments:
Olá!
Sabes uma coisa....gosto imenso deste poema. Muito mesmo!
bjs
Joana
8:48 da manhã
somos todos assim cheios de memórias, no fundo.
eu cá dou-me por feliz em ver os outros seguirem as suas vidas e recomporem-se a medida que se levantam das rasteiras que lhes pregam. que continues bem levantado, miúdo.
um abraço, temos de combinar aí qualquer coisa.
11:55 da tarde
Mais um poema que adorei..! copyright no hi5 e tal xP! Gostei muito mesmo!! Bjs :) Inês* hookinha
10:46 da tarde
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