quinta-feira, abril 05, 2007

Lavrador de memórias

Sou como todos vós, de memórias,
Não vivo delas, mas eu sou-as,
Não as vivo mas recordo-as,
Partes, prazos, histórias...

Sabem, eu julgo produzi-las,
Penso haver um campo aqui
Junto à mente que adquiri,
Onde mais que senti-las

Eu as consigo cultivar.
Carrego as suas sementes
Como emoções carentes.

Eu sei que as consigo recriar
Como lavrador as planto,
Como produtor as garanto.

"De que te serve guardar belas sensações, se no frio da noite, aquecido por mantas e cobertores, na solidão gélida de um momento que não passa, não és capaz de as voltar a sentir? De que te serve ser consumidor de memórias, se um dia não as soubeste lavrar? Lavra as memórias que mais tarde te quererás lembrar."

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Olá!
Sabes uma coisa....gosto imenso deste poema. Muito mesmo!
bjs
Joana

8:48 da manhã

 
Blogger Miguel said...

somos todos assim cheios de memórias, no fundo.

eu cá dou-me por feliz em ver os outros seguirem as suas vidas e recomporem-se a medida que se levantam das rasteiras que lhes pregam. que continues bem levantado, miúdo.

um abraço, temos de combinar aí qualquer coisa.

11:55 da tarde

 
Anonymous Anónimo said...

Mais um poema que adorei..! copyright no hi5 e tal xP! Gostei muito mesmo!! Bjs :) Inês* hookinha

10:46 da tarde

 

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