domingo, julho 19, 2009

Che può farmi sente completo?

If I wonder...

segunda-feira, setembro 29, 2008

Nós não podemos ser sempre os mesmos...

... não podemos, os tempos mudam, a nossa maneira de encarar a realidade também. É incrível como há tão poucos dias, ou meses, tudo o que queria era papel e caneta e umas quantas rimas se soltavam espontaneamente da cartola, como se eu nem precisasse de as expressar, essas rimas - às vezes sem concordância silábica - viviam dentro de mim, eu sentia-as!

E o que é de mim hoje?! Amigo te escrevo porque sempre me soubeste ler e nunca me impediste de escrever, amigo te escrevo porque nunca me abandonaste ainda quando o meu objecto de rima eras tu próprio, ou a ausência de ti, é verdade nem em ausência me faltaste à presença.

Mas hoje sei que não se justifica mais cantar-te, aquilo que te tinha de cantar já cantei, novos valores se aprumam num novo baile de vida. Se isto é um ponto final? Não, não acho, talvez seja um recomeço, talvez agora e só agora te perceba, tanto conversámos!

Mas é verdade, nós não podemos ser sempre os mesmos. Os nossos sonhos, à noite, giram em torno da idade e esta absorve-os num melancólico tom crescente, como se a cada segundo um sonho caísse e vertesse uma pequenina lágrima que, de seguida, acendesse uma centelha no coração e nos fizesse acreditar na sua mera existência lá, lá longe no coração.

Vou acabar sim, vou deixar de te frequentar - pelo menos por estas bandas - mas acredita que é com dor que o faço, precisamos de tempo para reflectir e julgar o tempo no banco como réu e averiguar se é verdade tudo o que dizem dele.

Penso até que o verdadeiro artista é aquele que, tendo o pincel na mão e o mister no coração, se coíbe de pintar quando sabe que o deve.

Obrigado amigo Poema, até sempre.

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domingo, setembro 21, 2008

Páginas

"Porque a nossa vida não é como os poemas mal escritos, numa folha de um bloco de notas, a qual a podemos sempre arrancar, rasgar e deitar fora quando a julgamos mal redigida. Na vida os poemas mal escritos não podem ser arrancandos do bloco, esses ficam e deles nunca nos livramos quando queremos virar as páginas. Mas e então a solução é lê-los? Sofrê-los? Senti-los? Eu tento marcar o bloco numa página em que a redacção tenha sido boa e tanto as rimas como a métrica, como o vocabulário, naquele dia correram bem, depois começo sempre por o ler, por o recordar como quem relembra um bom momento vivido e só depois escrevo novos poemas neste bloco de notas absurdas que escreve a minha vida"

Te amo.

terça-feira, setembro 02, 2008

sossegar

Sossegar...

Numa noite calma e sem desejos ou aspirações,
numa noite assim bem calma e sem ouvir-me gritar por dentro,
o silêncio de um trovão rompejando um dilúvio ... calmamente

e eu descansado e sem pensar, e sem desejar, e sem querer e

calmo e sereno, tremendo de frio, aconchegado a uma rocha gélida,
um terno e calmo silêncio interior sem mim e apenas tremendo,
sem certezas,

não! Nada disso! Apenas incertezas, relaxantes e imperturbáveis,
sentindo granizo rompendo pensamentos para que me reflicta vazio

como quero como gosto ... assim em silêncio

como eu.

terça-feira, maio 13, 2008

Sem qualquer título disponível...

Quando chegamos a determinado ponto da nossa vida, pensamos já haver crescido tudo o que havia para crescer, julgamos que isto de ser adulto é um processo que se encerra quando abrimos a janela para o passado e vemos as imensas vicissitudes pelas quais já passámos.

Cerramos os olhos, puxamos os estores e dizemo-nos... crescidos, talvez.

Sinceramente nem quero abrir janela nenhuma, mas também estou com preguiça de me levantar e a ir fechar. Acomodei-me a esta "fase" e deixo que entre, por aquela pequena fresta, um pouco do ar fresco do passado, mas só o fresco mesmo, não quero cá mais chatices com o passado!

Discurso cansado de pseudo-adulto - "pseudo", palavra aborrecida! - que volta e meia lá sai só para me chatear e relembrar que não, ainda não cresci metade daquilo que devia,

Mas vou fazê-lo, eu sei.

segunda-feira, abril 28, 2008

Tantas palavras...

... se já utilizaram, para redigir Amor, as perguntas que morreram sem resposta, os seres que pensavam conhecê-lo e, de um momento para outro, olvidaram-se, tanta poesia narrada em dor, desgosto e sofrimento, ou alegria, ternura e afecto, tanto tanto tanta coisa, mas para quê?!

Costumava interrogar-me também eu, era uma constante. Mas penso que nunca ninguém terá feito a pergunta certa, pois como obteria a resposta? Será correcta a questão "O que é o Amor"? Pois eu penso que não. "Onde é o Amor?", não parece que seja local, vejo-o em tantos lugares!

Quem é o Amor?

Eu digo que é uma entidade suprema, desprovida de consciência, cuja materialização ocorre em cada espaço onde nasça e habite vida. É quem nos acorda do silêncio, é ele que nos traz Vida, permite que os nossos órgãos funcionem e que nos relacionemos em sociedade.

Meus caros, Amor é alguém que nos está muito próximo e as manifestações do mesmo (paixão, solidariedade, "amor", alegria, ternura etc) são prova de que tal ente existe e permite-me dizer que é provável que o Deus do meu catolicismo seja Allah, Buda ou outra qualquer divindade que os povos separados por culturas e espaços geográficos distantes tenham por Ser superior, dotado de uma perfeita forma de ser e de fazer.

Não quero evangelizar ninguém, pois poucos são os que não acreditam em Amor"

quarta-feira, novembro 07, 2007

Sonhar Abraçado

Solto, por uma manhã inequívoca
Espalho-me liberto no horizonte
Deixo-me a saciar os meus nasceres de sol
Perdido e alvorecendo sem voz

Culminando antes de me sublimar nas nuvens tão mortais,

Eu quero tanto o desejo! Quero tanto a loucura!
Quero tanto sonhar enquanto me manifesto mortal,
Aceitar que às brisas matinais, leves e doces,
Sucedam vespertinas rajadas fustigadoras e frias...

Quero tanto que de tanto querer, me complexifico, perco identidade
E adquiro uma outra que me devora e me pede mais, mais, mais...

O que há a madrugada de dizer à noite, quando se separam e a madrugada grita "Sou manhã! Sou mais, sou nova, sou eu!" Queremos sempre mais e mais e mais, enquanto que nos vamos exaurindo em pensamentos e desideratos, mais anoitece em nós. Quem me dera ser como a madrugada que aceita ser nova e amanhece para todos nós que recusamos a mudança.