terça-feira, setembro 20, 2005

Quem....

Um dia, quando a noite
Caiar em tons de infinito,
Os acordes simpáticos,
Resplandecentes do teu rosto
E me cobrires de alegria
Da cabeça aos pés,

Vou pedir ao tempo
Que me deixe sair nessa
Estação, presa no momento.

Quando o dia te pintar
Da cor da minha vontade
E dos teus lábios
Saltarem, calmamente,
Atordoantes palavras doces,
Dignas das Sereias de Hércules,

Irei rogar à memória,
Que me deixe guardar-te
Junto à última estação
Onde o tempo me levar

E quando dia e noite
Não forem suficientes,
Para esboçar toda tua beleza,
Pedirei às tardes quentes
E às manhãs frescas,
Que abandonem todas suas tarefas (fúteis)
E desenhem o linho de teu cabelo.

Quando 24 horas esmorecerem,
Sem que a pintura esteja terminada,
Farei, também, com que as nuvens párem,
Que o vento não sopre, que o fogo não queime,
Que a água não molhe que as plantas deixem de crescer,
Para que ELA seja louvada, pelo menos um pouco...

" Sento-me a assistir o espéctaculo da tua beleza, deixo cair palavras que morrem antes sequer de tu as sentires, comovo-me com a ausência do teu coração, porém iludo-me com a cor do teu pálido olhar, refrescas a minha mente ao virares a sapiência brilhante de tuas íris na minha direcção "