sexta-feira, agosto 12, 2005

Degrau a degrau, espero por ti

Subi a escadaria da vida
(Ainda subo)
Sem nunca querer descer
Nenhum degrau

Esqueci-me de te dizer
Que a escadaria é comprida
E não lhe distingo o fim
Sinto-me um pouco cansado
E o corrimão escapa-se-me
Por entre os suados dedos

Dá-me o teu braço,
A tua mão é suficiente,
Ladeia-me, para que te sinta
E para que o sufoco desapareça.

O cansaço repartia-mo-lo
Os dois e nenhum de nós
Voltaria a suar, sozinho.

Dá-me a mão para que escalemos
Esta escadaria juntos,
Junta-te a mim, eu espero,
Ainda me faltam muitos degraus.