segunda-feira, setembro 12, 2005

Képela

O vento sopra
E o tempo passa
A cortinas afastam-se da janela

A chuva tropeça
Com oscilantes variantes de clima
E o tempo passa

Moscas e formigas perecem no solo
De açúcar amargo
E o tempo passa

O Sol nasce e põe-se
A Lua olha e esconde-se
E tempo passa

Tudo tão calmo e distante
Que vejo o tempo morrer-me nas mãos
Calejadas de tédio e silêncio

Alterei o meu estado vegetativo
E vou lutar pelo o que acredito
Nem que morra a defender isso mesmo

E um dia, prostrado na janela,
Alguém olhará para mim
(Tal como eu olhei também)
E apanhará a cortina,
Proteger-se-á da chuva
E deixará de observar moscas e formigas

Um destes dias esse alguém
Irá levantar-se, também,
E irá dar o exemplo a tantas outras pessoas deste FABULOSO MUNDO.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

o poema esta lindo. adorei!

11:41 da manhã

 
Anonymous Anónimo said...

best regards, nice info »

7:00 da tarde

 

Enviar um comentário

<< Home