quarta-feira, setembro 14, 2005

Quando acreditas ...

Caminhava só
Ela perguntou:
- Porque andas sozinho?
Eu disse:
- Sempre que ouço tua voz, não estou só, mas agora estou.

Estava a rir-me sem razão
Ela perguntou:
- Porquê que estás a rir?
Eu disse:
- Quando não te consigo ouvir eu choro, talvez se rir te consiga ouvir.

Depois eu estava a chorar
Ela perguntou:
- Porquê que ....
Eu disse:
- Shh não fales, deixa-me sentir esta lágrima será a minha última.

Depois estava a enforcar-me
- PÁRA rapaz!!! Tu vais-te matar! Não estejas assim!
- Estou cansado de escutar tua voz sem te tocar, estou doente de tanta solidão desde que te foste. Ando tantos quilómetros e não te consigo ver. Eu rio-me tentando te esquecer, mas sinto-te dentro de cada gargalhada que largo . Merda! Eu choro e não consigo ver-me livre da dor de não te ter. O meu coração só pulsa por ti, e cada batimento dele toca o teu angelical tom de voz, que se amarra aos meus sentidos, levando-me à completa loucura de não te poder tocar.
Estava perdido num labirinto sem solução possível até que encontrei esta corda, não vou resistir mais, vou-me juntar a ti agora, amor!

Mas ela disse:
- ... ... ... Porquê que não podes ser como os outros que me esqueceram?!! Por favor não morras por mim, nem eu terei paz onde vivo agora e para sempre, nem Deus te concederá terreno a meu lado. Por favor não morras também.

Agarrei-lhe nos braços, sorri-lhe, expirei fundo, quase como que se nem precisasse daquele ar, toquei-lhe na doçura carnal de seus lábios, saboriei cada ínfima gotícula de sua saliva, olhei-lhe nos olhos, claros como nos meus sonhos e disse-lhe:
- Acho que Deus nos perdoa desta vez ...

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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9:20 da tarde

 

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