sábado, novembro 12, 2005

Segue-me!

Vem comigo, aperta as botas,
Vamos seguir o nosso caminho,
Já vejo as portas de árvores,
Arbustos, flores e animais,
A entreabrirem-se para passarmos.

Eu vejo as nuvens sussurando,
As estrelas comentando,
A chuva tropeçando enquanto cochichava ...

Mas anda daí, o que ganhas aí?
Quanto te custa a tentativa,
O caminho, a estrada, anda
Sou eu quem te oferece.

Eu vejo as montanhas sorrirem,
As ondas do mar a desabafarem,
Com a areia que lhes morre nas mãos ...

Eu penso e penso e tu não vens,
Eu segui o trilho sozinho
Olhando para trás à espera de ver teu vulto
E lá atras só distingo sombras.

E vento sopra agudo até ao fim da minha caminhada, roubando o calor, antigo, da tua presença, desbasta a minha alma e leva-a com ele também. E vou seguindo caminho mas em cada rocha, cada árvore, cada poça de água ou até em cada riacho, por mais pequeno que seja, eu vejo-te e é por isso que ainda não parei, eu olho para ti e digo, SEGUE-ME!