segunda-feira, agosto 21, 2006

O que é a Vida?

Há alguma equação que quantifique a Vida?

Existe algum método científico que explique o amor?

Alguma vez um médico nos proibirá de viver?

Será que alguma solução química origina Vida?

Não, não...

A Vida é um conjunto de estilhaços,

Estilhaços que são sorrisos, lágrimas, palavras, silêncios, vontades, apatias e fins, tão cíclicos como finitos.

A Vida é um conjunto de vidas que vivem em simultâneo e em livre arbtítrio dentro de um só corpo que se divide em milhões e se unifica em menos de um segundo,

Não há um segundo em que a Vida não se multiplique, nem nenhum instante que não se isole novamente.

É que há um mecanismo que nos faz viver e esse mecanismo não é calculado por nenhum cientista, é descoberto por cada um de nós, até morrermos.

A Vida é um resultado prático do Amor, por nós próprios, por uma paixão, pelos amigos, pela família, por um objecto, por uma crença ou por uma actividade.

É o Amor que mecaniza e faz fluir toda a nossa existência,

Eu não quero perceber o Amor, quero Vivê-lo!

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

... ao ler este texto lembrei-me de um que escrevi à algum tempo...

... Hoje fui jantar com a vida e a experiência, ao contrário do que eu poderia imaginar, até correu bem…

Olhei-a nos olhos e vi nitidamente que a vergonha que sentia também era partilhada, esperei até as minhas mãos pararem de tremer e depois falei com toda a firmeza possível:

_ Não sei se deva maltrata-la ou agradecer-lhe… _ e ela olhou-me de esguelha e disse na maior das calmas.

_Porque não tentas antes de mais nada tratar-me por tu, afinal acompanho-te desde que nasceste. _ E eu pousei as mãos sobre a mesa e iniciei um diálogo impressionante que passo a publicar aqui no meu blog (atenção as minhas palavras a negrito).

_ Não quero chorar por isso deixe-me falar o que tenho a falar sem me interromper ok?

A vida limitou-se ao silêncio e eu prossegui.

_ Fui poeta, sonhadora, andei na lua, fui ao sol, caí sobre terra, fechei portas, abri janelas, sorri, chorei… fiz tudo o que me pediste. Agora que pensava que iria finalmente erguer-me de vez, sorrir verdadeiramente… PUM… Caio outra vez?! Achas isto justo? Achas justo eu andar aqui a esforçar-me por andar à deriva tal como tu queres, a dar-te tudo o que tenho e até o que não tenho sem receber um único sorriso de ti, uma única ajuda? Achas justo?

Oh Vida! Nem sei como te dizer quanta escuridão trago cá dentro porra! Eu não mereço, eu não mereço… Fiz-me à estrada, entreguei-me aos sons de melancolia que sussurravas aos meus ouvidos por tempo indeterminado, aproximei-me da solidão para onde me levavas, dei a mão à tristeza que colocaste no meu caminho como companheira de viagem, fiz tudo o que me pediste, tal e qual como me pediste e agora que te pedi uma única coisinha tu não me podes ajudar?

Impávida e serena a Vida nada dizia, tirou um cigarro, acendeu-o e fumou-o pausadamente e sem pressa, eu continuei…

_ Não falas? Agora calaste? Pensas que é assim que vais resolver os problemas? Eu estou para aqui a abrir-te o meu coração e tu nada dizes? _ e as lágrimas correram do meu rosto num infinito de dor enclausurado no meu coração vadio, baixei a cabeça, peguei nos talheres para começar a comer, a água cobria o meu rosto azedo, a Vida colocou a sua mão no meu queixo, olhou-me nos olhos sugando-me a imensidão de palavras que não disse, aproximou-se de mim e beijou-me...


com amor para ti feliz desconhecido que danças com as palavras como eu danço com o amor...

7:57 da tarde

 

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